Desde os tempos antigos sempre houve
várias discussões sobre o verdadeiro nome de Deus. Alguns diziam e dizem que o nome verdadeiro
do Eterno é Jeová ou Javé. Tais pessoas pessoas pregam com veemência a
importância de santificar o nome “Jeová”. Dentro dessa concepção quem não
reconhece a Divindade com esse nome é porque ainda não conheceu a verdade.
Na atualidade, há um crescente interesse pelo idioma hebraico para descobrir a verdade sobre esse tema. Alguns chegam a dizer que ler a Bíblia e não pronunciar o nome correto de Deus em hebraico, trocando o nome pelos diferentes títulos, chega a ser um desrespeito com a divindade.
Na atualidade, há um crescente interesse pelo idioma hebraico para descobrir a verdade sobre esse tema. Alguns chegam a dizer que ler a Bíblia e não pronunciar o nome correto de Deus em hebraico, trocando o nome pelos diferentes títulos, chega a ser um desrespeito com a divindade.
Tais considerações são coerentes
com todo o contexto Bíblico? Será que realmente, para se salvar, é importante
conhecer a antiga pronúncia do nome de Deus com exatidão? O nome de Deus realmente é Jeová?
Segundo o dicionário da Internet
“Priberan” o termo “nome” significa palavra que designa pessoa, animal ou
coisa. Ou seja, nome é como as coisas ou como nós somos chamados. A Bíblia fala
que Adão deu “nome” a todos os animais segundo a sua espécie Gênesis 2:20. Desse modo, podemos encontrar vários tipos de
nomes. Nomes próprios, nomes comuns, sobrenomes, apelidos, são tudo formas de
chamarmos ou designarmos os seres. Para desenvolver melhor o tema, iremos chamar de nome principal o primeiro nome das pessoas ou o nome primitivo dos seres.
Interessante que na maioria dos
países da América Latina, com exceção do Brasil, as pessoas são chamadas pelo
sobrenome. Exemplo: Nome principal: Diego Armando Maradona,
é chamado de Maradona. Nome principal: Ángel Fabián Di
María, é chamado de Di María.
Outra forma muito conhecida de chamar alguém é pelo apelido: Nome principal: Edson
Arantes do Nascimento. É chamado pelo apelido, Pelé. Nome principal: Manuel Francisco dos Santos. Era chamado pelo apelido,
Garrincha. Quando dizemos que Pelé e Garrincha não são nomes estamos
apenas querendo dizer que não é o nome principal da pessoa. Entretanto, levando em
conta o que significa a palavra “nome” podemos, sim, dizer que os apelidos
também são nomes, pois designa e nomeia os seres e ainda é reconhecido por quem
assim é nomeado. Se você vir o Edson
Arantes do Nascimento na rua e gritar “Oh Pelé!” ele vai entender que você está
se dirigindo a ele, não vai dizer: “Preste atenção, o meu nome é Edson Arantes,
rapaz”.
Quando chamados o Obama de “Presidente” estamos dando um título para ele.
Esse título também é um nome, pois, dentro de alguns contextos, esse nome
também designará ou nomeará tal pessoa, no caso, o Obama. Como
há muitos presidentes, é o contexto e a situação que indicará a que presidente
se refere. Alguém que manda entregar uma carta para o “presidente” na Casa
Branca, para melhorar aspectos da política norte americana, com certeza, não
está se referindo a Dilma Rousseff.
O nosso Deus tem vários nomes com significados: Aará - Meu Pastor,
Adon Hakavod - Rei da Glória,
Adonay
(חשם) – Senhor, Attiq Yômin - Antigo de Dias , Divino Pai
Eterno - uma concepção a Deus Pai El (אל) - Deus "Aquele que vai adiante
ou começa as coisas" El-Berit - Deus que faz pacto ou aliança, El
Caná - O Deus Zeloso,
El Deot - O Deus das Sabedorias, El Elah - Todo Poderoso, El
Elhôhê Israel- Deus de Israel, El-Elyon (אל עליון )- Deus que faz pacto ou aliança, El-Ne'eman - Deus de graça e misericórdia, El-Nosse - Deus de compaixão, El-Olan (אל עלם)- Deus eterno, da eternidade, El-Qana - Deus zeloso, El Raí - O Deus que tudo
vê, El-Ro'i - Deus que vê (da vista), El-Sale'i - Deus é minha
rocha, o meu refúgio, El-Shadday (אל שדי )- Deus Todo-Poderoso, Eliom
- Altíssimo,
Elohim – (plural) (אלחים)- Deus; Criador "implícito o poder criativo e a
onipotência" ,Eloah – (singular) (אלוה )- Deus; Criador
"implícito o poder criativo e a onipotência", Gibbor –
Poderoso, Há'Shem – (השם)- O Nome - Senhor - o mesmo que YHVH, (mais
usado no Judaísmo) Kadosh – Santo, Kadosh Israel - Santo de
Israel, Malakh Brit - O Anjo da Aliança, Maor - Criador da Luz, Margen
– Protetor, Mikadiskim - Que nos santifica, Palet - Libertador.
Algumas pessoas dizem que tais designações não são nomes, mas sim
títulos, o que não é verdade. Como já foi dito acima, esses títulos não representam
o nome principal, entretanto, não deixa de ser um nome, já que também é uma
forma de designar um ser. Quando um Sacerdote entrava no templo de Salomão e
dizia “Eloah = Deus Criador” não estava se referindo ao “Eloah” das nações
pagãs. Ao falar “Eloah”, o Criador dos céus e da terra já sabia que o sacerdote
estava se referindo a ele e não a nenhum “deus” pagão, Deus entendia isso mesmo sem o sacerdote mencionar seu nome Principal.
Assim, mesmo sabendo que Deus tem vários nomes que o chamam, também não
podemos negar que a Majestade também possui um nome principal, isto é, um nome
que ele próprio deu a si mesmo e pediu para os antigos Patriarcas, Abraão,
Isaque e Jacó, assim o chamar. O povo de Israel e seus profetas antigos também chamavam Deus
por esse nome principal.
Esse nome, na língua hebraica, é representado por quatro letras “YHVH”
muito conhecida por “tetragrama”. A Bíblia em português traduz essas quatro
letras como “Senhor” ou “Jeová”. Onde na sua Bíblia está Senhor, no original
Bíblico está o tetragrama.
O que se sabe sobre o nome principal de Deus é que a pronúncia correta e
exata se perdeu através dos tempos. Alguns judeus com medo de profanar o nome
de Deus começaram a chamá-lo de “Adonai – Senhor dos Senhores” e com isso o
nome próprio do Pai foi sendo esquecido mais e mais. Hoje em dia várias pessoas
dizem saber o nome exato do Eterno, mas se formos pesquisar a fundo,
perceberíamos que não há ainda um consenso sobre o assunto.
Conseguem de fato pronunciar a primeira sílaba do nome do Eterno “YA” pronunciando
“y” como o nosso “ i “. Verdadeiramente o nome de Deus
começa com “YA”. Percebemos as iniciais do nome de Deus nas silabas finais da
palavra “ AleluYAH. Porém não há consenso quanto a pronúncia das silabas
finais. Alguns dizem que a verdadeira pronúncia é “ YAUÉ” com som de “u” outros dizem que a
verdadeira a pronúncia é com som de “v”
“YAVÉ”. Saber se é com som de “u” ou com som de “v” faz toda a
diferença, já que a mudança de um só fonema em uma língua pode mudar completamente o nome e seus significados.
Resumindo. Dada a complexidade do tema, o que se tem até agora são deduções,
muitas até que muito coerente, só que ainda não chega a ser uma verdade
absoluta. Não dá para afirmar com exatidão que os antigos patriarcas e profetas que
viveram entre 3 e 2 mil anos antes de Cristo assim pronunciavam o nome da
Majestade.
No entanto, há consenso em uma coisa: Deus não foi chamado de Jeová e
muito menos de Javé pelos povos Bíblicos. Não há som de “J” na língua hebraica.
Como já comentamos, as iniciais do nome de Deus é com “IA” e não “JA” ou “JE”.
Quando chega um estrangeiro em nosso país, por exemplo, mesmo sabendo que há
fonemas que não existem em nossa língua, tentamos e nos esforçamos para pronunciar
os nomes das pessoas tal como ela é chamada em seu país de origem. Assim, quando
uma pessoa vem da Espanha e se chama “Juan” não tentamos traduzir tal nome
chamando-o de João. E também não pronunciarmos
o jota como na nossa língua, pois estaríamos errando o nome da pessoa, pois o
jota na Espanha se pronuncia como o nosso duplo erre que aparece no meio das
palavras “caRRo” ou “ MacaRRão”. Portanto, podemos cometer erros
ao pronunciar um nome estrangeiro quando não levamos em conta os fonemas (sons
que são representados por letras) da língua do outro. Por isso que os nomes principais
das pessoas na Bíblia deveriam ser transliterados (usar os mesmos sons da
língua original) e não traduzidos como acontece na Bíblia.
Outra coisa interessante a discutir sobre esse tema são as interpretações
errôneas sobre os textos que pedem para santificar o nome de Deus. As pessoas
pegam textos do tipo “Santificai o vosso nome” ou “se o meu povo, que se chama
pelo meu Nome” para dizer que aqueles que não estão pronunciando o nome verdadeiro
e hebraico da Divindade estariam
cometendo pecado, o que não é verdade. Na Bíblia, chamar e invocar o nome de
Deus não quer dizer necessariamente que a pessoa tem que pronunciar
audivelmente o nome principal de Deus. Observe as três orações feitas por
Jesus, o Filho de Deus. No Getsêmani, “ Meu Pai, se não é possível
passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça a tua vontade” Mateus
26:42. Na oração sacerdotal, “Pai, é chegada à hora;
glorifica o teu Filho, para o Filho glorifique a ti” João 17:1 Na oração modelo: “Pai nosso que estais no
céu, santificado seja o tem nome” Mateus 6:9. Veja, embora haja menção da importância de
santificar o nome do Pai na oração do “Pai nosso” em nenhum momento da
oração Jesus pronúncia o nome da Majestade, isto é, o Filho de Deus não o chama
nem de Yaué e nem de Yavé. A Majestade é chamada por um de seus nomes
especiais: Pai. Outra coisa a considerar é o fato de Jesus não mencionar
o nome da Divindade em hebraico em nenhuma dessas orações. Teria Jesus errado em não falar o nome verdadeiro do Pai em sua
oração? Estaria Jesus agindo com desrespeito, fazendo orações sem pronunciar o Nome Santo?
Assim, creio que é importante estudar os originais para saber qual era a pronúncia
correta do nome principal da Majestade. Conhecimento sempre é bom. No entanto,
é um erro tremendo dizer que Deus só pode ser chamado e invocado quando se pronúncia
seu nome principal em hebraico. Ninguém tem a verdade absoluta sobre isso! Outra coisa,
Jesus mesmo ensinou que o nome do Eterno também pode ser santificado quando nos
dirigimos a Divindade chamando-o de Pai que no caso também é um de seus nomes. A
própria tradução do nome Santo “YHVH” “ Eu
sou o que sou” já dá pista que o Eterno pode ser o que ele quiser, Pode ser
Elohin (Supremo Deus) ,pode ser Adonay ( Senhor dos senhores)
pode ser El-Shadday (Deus todo poderoso) Pode ser Elion (Altíssimo),
pode ser Kadosh Israel ( Santo de Israel) , pode ser também Pai (termo
que quando se refere ao Altíssimo possui uma semântica diferente de progenitor).
É bom que os “eruditos” de plantão,
parem de atormentar os leigos com essa história de que o nome do Eterno só é
invocado quando se pronuncia o nome original de Deus. A santificação do nome de
Deus se dá pela forma respeitosa de andar em sua presença com temor e tremor e
isso não se dá somente quando nos dirigimos a Deus falando seu nome principal.
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