terça-feira, 31 de dezembro de 2013

O ESPÍRITO DO PAI É UMA TERCEIRA PESSOA? Parte 1

Na Bíblia, tanto no antigo testamento quanto no novo testamento o Espírito de Deus aparece como um agente principal de comunicação entre a divindade e os seres humanos. Pelo Espírito de Deus homens receberam diferentes dons, sabedoria, revelação do futuro, inspiração para escrever as escrituras etc. A única diferença entre a manifestação no antigo testamento e a manifestação no novo testamento se dá por conta da quantidade. Enquanto antigamente o Espírito era dado somente a alguns privilegiados, reis e profetas..., agora na nova aliança, o Espírito de Deus é dado gratuitamente a todos os que recebem o Batismo no nome do Filho de Deus.

 
Embora o Espírito Santo tenha as mesmas funções nos dois testamentos, sua definição não é a mesma nos dois momentos, pelo menos na interpretação da maioria dos cristãos da atualidade. Na época do Antigo testamento o povo de Deus se dava pela religião judaica. O judaísmo não crer e não cria que o Espírito de Deus é uma terceira pessoa. Veja como que o Espírito Santo atuava no antigo testamento:  Espírito do Senhor é sobre mim e me ungiu para pregar as boas novas” Isaias 61:1-3 “o Espírito do Senhor se apossou de tal maneira de Sansão” Juizes 14:6,9 ,"Depois o Espírito de Deus me levantou na sua visão..."Ezequiel 11:24, O espírito do Senhor falou por meu intermédio; sua palavra esteve em minha língua II Samuel 23:2,  "e o encheu do espírito de Deus, dando-lhe destreza, habilidade e plena capacidade artística" Êxodo 35:31. Interessante que mesmo o Espírito de Deus apresentando características de pessoa como ensinar, falar, dar força, levantar os profetas, mesmo assim, ele não era interpretado pela comunidade de Israel como sendo outra pessoa distinta de Deus.

 A verdade é que se o Espírito Santo fosse outra pessoa da divindade, como dizem alguns, o não reconhecimento dessa doutrina geraria uma transgressão e consequentemente um pecado. Estaria os Israelitas por mais 1600 anos, desde o tempo de Moises, pecando por não reconhecer o Espírito como outra pessoa da divindade? Estaria Deus sendo cúmplice do pecado do povo? Pois não não há nenhuma condenação por parte dos profetas a forma de interpretação dos israelitas quanto ao tema Espírito de Deus.
Sabe-se que a palavra e a verdade  foi guardada por Israel durante todo o antigo testamento" Aos israelitas pertencem a adoção, a glória, as promessas, a aliança, o culto..." Romanos 9:4. Em nenhum momento do antigo testamento, como já dizemos, você observa os profetas condenando a teologia dos Israelitas. O único problema do Israel de Deus, como nação, foi rejeitar o Filho de Deus, preferindo aceitar a verdade somente na teoria e não na prática.
 
Por isso, os judeus que aceitavam a mensagem do evangelho no primeiro século continuava com a mesma intepretação sobre a divindade do judaísmo. Em nenhum momento Jesus, que também era judeu, veio apresentar algum erro doutrinário no campo da teologia, veio somente se apresentar como o cumprimento daquilo que eles já liam nas escrituras:ele era o Messias.Os gentios que se converteram a Jesus tiveram que aprender essa base teologica das escrituras.

Para se ter ideia, a doutrina da trindade e a ideia que o Espírito do Pai é uma terceira pessoa não era nem discutida no primeiro século. Os estudos Bíblicos nas sinagogas e casas nem levava em conta esse ponto doutrinário, uma vez que tais ideias surgiram no meio cristão depois da morte dos apóstolos. E justamente à medida que os judeus foram se tornando a minoria na igreja e foram aumentando a entrada de pagãos que eram adeptos das religiões gregas e latinas, começou-se a questionar a forma judaica de interpretar a divindade. Pouco a pouco a ideia da terceira pessoa foi sendo aceita e em 381 dc em Constantinopla, tornou uma doutrina oficial da igreja de Roma e com penas bem definidas para quem não aceitasse essa doutrina no Império.

Infelizmente, comete-se equivocos doutrinários sobre esse tema por duas razões: Primeiro: Não entender bem os sentidos da palavra "espírito". Sabe-se que o termo espírito (Pneuma:grego e Ruach: hebraico) tem uma acepção denotativa (sentido ao pé da letra) principal que é "vento ou sopro" e poder ter outros sentidos e outras acepções como "anjos", "mente" "algo relacionado a Deus."
 
É o contexto que vai determinar o sentido. Por exemplo, quando a Bíblia fala que quando aceitamos a Jesus nós nos achegamos aos "espírito dos justos" ela quer dizer que chegamos as "pessoas justas". Hebreus 12:23. Quando diz que Deus envia espíritos para nos guardar ela quer dizer que Deus envia anjos para nos guardar. Então, a palavra Ruach  e pneuma ( espírito ) deve ser entendida como qualquer outra: buscando o sentido dentro do contexto, não há um sentido só para as palavras.
 

Comumente esse termo recebe a acepção de mente/consciência nas escrituras. “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fracaMateus 26:41.  Quanto a mim, Daniel, o meu espírito foi alarmado dentro de mim...” Daniel 7:15“O Senhor seja com teu espíritoII Timóteo 4:22 "Pois embora ausente no corpo, contudo, em espírito, estou presente" Colossenses 2:5 "Que a graça do nosso senhor Jesus Cristo seja com vosso espírito" Filipense 4:23. A alma é a parte do espírito que cuida das emoções e sentimentos.

Seguindo essa linha de pensamento, ter a mente de Cristo é a mesma coisa que ter o mesmo sentimento, a mesma consciência de Cristo. "...os profetas profetizaram acerca da graça que a vós foi destinada...pelo espírito de Cristo que neles estavam, ao dar de antemão testemunho sobre o sofrimento do filho de Deus" I Pedro 1:11, "Estou certo que pela provisão do espírito de Jesus Cristo, me redundará em libertação" Filipense 1:19, "E porque vós sois filhos enviou Deus ao nosso coraçao o espírito de seu Filho que clama aba,Pai" Gálatas 4:6.

Então a pessoa para entender o tema do Espírito Santo tem que entender o significado da palavra "espírito" e entender que essa palavra não quer dizer somente "vento ou "sopro".

O que aconteceria se o Bil Gates tivesse poderes divinos e conseguisse transferir seu espírito (mente) às outras pessoas? Certamente que um monte de gente se tornaria "expert" e genios da informática e certamente também ficariam milionários. É na mente onde se encontra a forma de pensar, a inteligencia e as habilidades de uma pessoa.

Vale lembrar que, antes que alguém pense que estou fazendo alusão ao espiritismo, o espírito do homem está limitado ao âmbito natural, ou seja, a mente humana está ligada ao seu corpo físico. No falecimento do indivíduo sua mente se apaga Salmos 146:4.   Também o espírito humano não pode ser transferido a outro ser.

O segundo ponto importante para entender o tema Espírito Santo é entender que não há como tentar explicar a divindade tomando como exemplo a natureza humana. Tudo que tentarmos falar sobre a Majestade não representará aquilo que realmente é, pois o Eterno é muito mais do nossa mente pode imaginar, Deus é Espírito.  

Mas a palavra de Deus nos dá algumas pistas para termos alguma noção e não cairmos em aberrações teologicas sobre esse tema. Leia o que o Apostolo Paulo fala sobre o assunto..."Mas Deus nos revelou pelo seu Espírito, porque o Espírito a todas as coisas prescruta até mesmo as profundezas de Deus" Isto é, o Espírito de Deus conhece o que está no íntimo, no interior de Deus. Agora para explicar essa ideia no verso seguinte, para explicar os motivos que o Espírito conhece as profundezas de Deus, Paulo diz o seguinte " Porque qual dos homens sabe as coisas dos homem senão o seu próprio espírito que nele está, assim também as coisas de Deus, ninguém conhece, senão o Espírito de Deus" ICoríntios 2:10,11. Ou seja, ele deu o exemplo do que acontece com o espírito do homem, lugar onde mora os pensamentos e planos que só ele mesmo sabe, para dizer que ocorre o mesmo com Deus.

Do mesmo jeito que o nosso espírito é o nosso eu interior e que habita em nossa mente, o Espírito de Deus também habita no íntimo do Pai e procede dele. Veja o que o apóstolo Paulo diz “Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir?” I Cor. 2:16. Esse texto é uma paráfrase do texto de Isaias:“ Quem guiou o Espírito do Eterno? Ou quem como seu conselheiro o ensinou? Com quem tomou ele conselho para que desse compreensão? Quem o instruiu na vereda do juízo e lhe ensinou sabedoria lhe mostrou o caminho do entendimento?Isaias 40:13,14. O que Isaias chamou de “Espírito do Senhor”,  Paulo chamou de “mente” do Senhor”.

Parece que grande parte da confusão sobre esse tema se dá por isso, ou seja, desconhecer a onipotência e a onisciência da mente divina. Para entender a mente divina não se deve levar em conta, como parâmetro, a mente humana. Deus é Espírito, nós não. O seres humanos não podem interagir com seus pares somente com a mente, já o Eterno Deus tudo pode.  
 

Assim, o Espírito de Deus é a Mente do próprio Pai celestial que "emana" dele para seus servos com a finalidade de capacitar os Filhos de Deus com as mesmas habilidades, virtudes e poderes que pertencem a Divindade. Se alguma pessoa conseguisse alcançar 100% da mente divina (como Jesus alcançou) suas palavras, ações e comportamento não seria mais a dela, mas do próprio Deus. Outra coisa também é que o nosso Pai celestial usa o seu Espírito para interagir conosco e em nós, afinal quando a Bíblia diz que Deus habita em nós como templos, não quer dizer que Deus tenha deixado sua habitação no céu e passado a morar diretamente nos seres humanos, quer dizer apenas que a presença divina se faz pela dimensão mental.  Ao mesmo tempo que está sentado em seu trono de glória, está também falando na consciência de milhares de pessoas. Ao mesmo tempo que está no céu, também pode, por meio de sua sobrenatural e onipotente Mente, falar audivelmente para um profeta aqui na terra. Ou seja, o Espírito do Pai pode expressar tudo, recebimento de poder e virtudes, pode expressar mudança de caráter, pode expressar a pessoa do próprio Pai, o Espírito do Eterno pode tudo! No entanto, jamais, jamais mesmo! Jamais o Espírito do Pai pode ser uma outra pessoa da divindade. Essa doutrina é fruto da apostasia que começou pouco a pouco após a morte dos apóstolos.


 






TERCEIRA PESSOA: REFUTAÇÕES

 1) O Espírito de Deus apresenta características de pessoa, logo isso prova que ele é uma terceira pessoa?

Refutação:  Primeiro: Não tentamos provar que o Espírito de Deus não é uma pessoa, tentamos provar que Ele não é OUTRA PESSOA DA DIVINDADE, é diferente. Desde o antigo testamento o Espírito Santo sempre apresentou características pessoais como, por exemplo, a articulação da fala,"O Espírito de Jeová falou por meu intermédio; sua palavra esteve em minha língua II Samuel 23. E mesmo lendo nas sinagogas aos sábados textos como esse que diz que o Espírito falou nenhum judeu ou israelita interpretava tal texto como se referindo a outra pessoa da divindade. Segundo:  Dizemos que o Espírito de Deus também é a pessoa do próprio Pai se manifestando por meio de uma dimensão mental e espiritual de maneira que os homens tenham condições de manter contato com o Pai celestial. Logo, o próprio Deus não poderia pessoalmente descer do céu para falar com o profeta, mas pôde se revelar por meio de sua Mente (Espírito). Dizer que o Espírito falou tem a mesma conotação de quando dizemos que a Bíblia fala, isto é, a Bíblia fala se referindo ao que o próprio Deus falou. Faça um teste, troque a palavra "Espírito" do texto de II Samuel por "Pai" e veja que o sentido da frase não vai mudar: " O Espírito de Jeová ou O Pai falou por meu intermédio; sua palavra esteve em minha língua". Espírito de Jeová e Pai são as mesmas pessoas no contexto só que para deixar bem claro que a presença do Pai não era "direta" o escritor usou o termo "Espírito de Jeová".
 
2) O fato de termos que batizar também em nome do Espírito Santo prova que ele é outra pessoa da divindade? Mateus 28:19

Refutação: Muitos erros teológicos sobre o ensinamento do Espírito Santo acontecem por causa das traduções romanas das escrituras. Na Bíblia de Jerusalém, Bíblia católica, no rodapé, diz que nos originais mais antigos da Bíblia havia somente o batismo em nome de Jesus e que possivelmente o batismo nas três pessoas foi introduzida para se adequar a fé que fora aceita pela igreja. Alguém que desconhece isso pode ter dificuldades em interpretar o assunto.Outro texto que também foi traduzido sob o ponto de vista católico é o texto de I João 5:7 “...há três que dão testemunho [ no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes são um. E são os três que testificam na terra] Tudo que está entre colchetes foi adulterado!  
3) O Espírito descendo na forma de Pomba não prova que o Espírito é outra pessoa diferente do Pai?

Refutação : Infelizmente as pessoas não levam em conta todo o contexto das escrituras na hora da interpretar as escrituras. Não podemos pegar os textos do novo testamento e dar novas interpretações, rejeitando totalmente o que o judaísmo, religião de Jesus Cristo e dos profetas do antigo testamento, diz sobre o assunto, afinal até a rejeição de Israel como nação, os judeus e israelitas, eram o povo que guardava a verdade de Deus. Se o Espírito Santo não era uma terceira pessoa no antigo testamento, porque ele passou a ser no novo?  No antigo testamento, o Espírito do Senhor se apossou de Sansão e o ajudou a matar um Leão ( Juízes 14:5.6), ou seja, o Espírito se apossou de Sansão aqui na terra enquanto Deus estava no céu. A única diferença é que no tempo de Sansão o Espírito não veio na forma de pomba como no batismo de Jesus. Logo, dizer que o Espírito do Pai se apossou de Jesus depois que desceu na forma de pomba não quer dizer que o Espírito do Pai é outra pessoa, afinal tudo é possível para Deus.
4) A Bíblia diz que Deus conhece a mente do Espírito, isso não é uma clara evidencia que o Espírito é outra pessoa distinta do Pai? "E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, por que segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos Santos" Romanos 8:27

Refutação. Temos que entender que as palavras não tem um só significado para cada palavra. A palavra espírito, por exemplo, pode significar anjo, demônio, vento-sopro ou até pessoa, tudo depende do contexto. A pessoa tem que ler todo o capitulo e analisar direitinho para ver o significado.

Como já disse, algumas vezes os escritores usam uma figura de linguagem chamada de "metonímia" o qual substitui o todo por algum elemento que o constitui. Por exemplo, sabemos que o ser humano é corpo, alma (parte das emoções e sentimentos) e espírito (a mente como um todo com sua consciência e raciocínio). Algumas vezes os seres humanos são chamados de almas na Biblia, veja "Então, os que lhe aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase TRES MIL ALMAS", "Em cada ALMA havia temor e muitos prodígios e sinais eram feitos" Atos 2:41,43."A ALMA que pecar, essa morrerá" Ezequiel 18:20. Nesses textos foi usado metonímia ao substituir o todo (o ser por completo) por um elemento que o constitui, isto é, alma, assim, a alma é também a própria pessoa.

Do mesmo jeito que o homem ganhou a conotação de "alma", Jesus ganhou a conotação de espírito "Pois assim está escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito Alma vivente. O último Adão (Jesus), porém é ESPÍRITO vivificante" I Corintios 15:45. Como você já sabe que Jesus também é chamado de "espírito" tente pegar a sua Bíblia  e ler todo o contexto para ver se a mente mencionada no texto pertence a uma terceira pessoa ou a mente do próprio Jesus. Quem é a pessoa que Deus colocou para interceder por nós? "Porquanto há um só Deus e um só MEDIADOR entre Deus e os homens, Cristo Jesus o homem" I Timóteo 2:5, "Por isso, também Jesus pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para INTERCEDER por eles" Hebreus 7:25, ou seja, o texto acima pode ser interpretado como "Aquele que sonda os corações sabe qual é a mente de Cristo", espiríto no contexto se refere a pessoa do próprio Messias.

Só basta prestar atenção no contexto para perceber isso, pois é mencionado o espírito de Cristo em vários versos do contexto "Se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse não é dele" Verso 9, "Por que não recebeste o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebeste o espírito de adoção baseado no qual clamamos: Aba, Pai" verso 15. (o espírito que clama Aba Pai é o espírito de Cristo Gálatas 4:6).

5) Se pecar contra Deus e contra Jesus é perdoado e pecar contra o Espírito Santo não é perdoado, então o Espírito Santo é um ser diferente do Filho e do Pai?  Mateus 12:32

No capítulo, Jesus curou um endemoninhado cego e mudo e quando todos começaram a dar Glórias a Deus, os fariseus, que estavam com muito ciúmes, tentaram abafar as impressões da consciência que testificava que o milagre foi pelo poder de Deus, dizendo que o milagre fora feito por Belzebu ( Satanás) . Logo, pecar contra o Espírito é pecar contra a voz de Deus na consciência e não pecar contra outra pessoa da divindade. Jesus não estava falando nada que o povo de Israel já não sabia, pois o profeta Isaias já falava bem antes sobre a voz de Deus na consciência "Quando te desviares para a direita e quando te desviares para a esquerda, os teus ouvidos ouvirão atrás de ti uma palavra dizendo: Este é o caminho, andai por ele" Isaias 30:21 Pecar contra o Espírito, no contexto, é pecar contra essa voz aí e não pecar contra um outro ser separado do Pai.  

6) Quando Jesus disse que o Pai ia enviar outro Consolador ele quis dizer que o Pai iria enviar outra pessoa distinta dele mesmo? João 14:16
Refutação: Engraçado, todo seguimento Cristão fala da importância de ler os textos Bíblicos dentro do contexto, mas infelizmente isso só levado em conta quando eles querem defender seus pontos de vista. Ao ler esse texto, devemos nos perguntar: "O Espírito Santo era outro com relação ao Pai ou outro com relação ao Filho?."  

Vamos para o contexto, Jesus tinha dito no capitulo 13 que logo, logo sua presença física iria ser tirada da terra "Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco, buscar-me-eis e o qeu eu disse aos judeus também agora vos digo a vós outros: PARA ONDE EU VOU, VÓS NÃO PODEIS IR" João 13:33. No capitulo 14 o Salvador vem com uma mensagem de conforto, mostrando a forma que ele e o Pai iria se relacionar com seus servos. Com a ausencia de Jesus, quem iria lhes confortar? Quem iria expulsar os demônios ou curar as enfermidades? "Ó geração incrédula e pervesa! Até quando eu estarei convosco?" Mateus 17:17. Dentro desse contexto é que Jesus diz que o Pai iria enviar outro Consolador, ou seja, outro que iria substuí-lo em sua ausencia. Perceba que esse outro já morava dentro de Jesus e já vivia com os apóstolos, só que quando o Pai o enviasse Ele passaria a viver também dentro dos Filhos de Deus, "...Vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós" João 14:17.Assim, o Outro Consolador não era outra pessoa distinta do Pai, pelo contrário, uma lidinha rápida na íntegra e  você perceberá que ter o Consolador habitando no ser é a mesma coisa que ter o próprio Pai "Jesus tinha o Consolador e disse "Crede que eu estou no Pai e o Pai está em mim" João 14:11, os discípulos iriam receber o Consolador e..."Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará e viremos(Jesus e o Pai) para ele e faremos MORADA nele" João 14:23. De forma alguma esse texto prova uma terceira pessoa da divindade...

E ainda tem mais, a Bíblia dá tantas pistas, pena que as pessoas não conseguem perceber por causa da enbriagues espiritual...leia os verso seguintes...

"Quando vier o Espírito da verdade, ele vos guiara em toda a verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tem ouvido e vos anunciará as coisas que hão de vir. O Espírito me glorificará porque há de receber do que É MEU E VO-LO HÁ DE ANUNCIAR. Tudo quanto o PAI TEM É MEU, POR ISSO É QUE EU VOS DISSE QUE O PAI HÁ DE RECEBER DO QUE É MEU E VO-LO HÁ DE ANUNCIAR" João 16:13-16 Prestem atenção no verbo "Receber" e no verbo "anunciar" Nesse texto quem é que pratica a ação de receber do que era de Jesus e quem é que pratica a ação de anunciar, o Espírito Santo ou o Pai? Jesus nunca apresentou o Espírito como sendo outra pessoa diferente da pessoa do Pai...
 
 
                                                                                                                                                                                                     
 

 

 

 

 

 

 

JESUS É SUBMISSO AO PAI?

Os evangelhos estão cheios de passagens que comprovam que o Filho de Deus foi submisso e subordinado a seu Pai. No entanto, aqueles que defendem uma igualdade entre o Pai e o Filho de Deus justificam tais passagens com o argumento que diz que Jesus só demonstrou humildade por estar como homem na terra e não como Deus. Eu até entendo essa tentativa em provar que Jesus não é subordinado  porque qualquer sinal de subordinação ou de submissão de Jesus lançaria por terra a doutrina da trindade, afinal ninguém gostaria de seguir um Deus que é inferior ou subordinado a outro Deus não é verdade? 

Então, se Jesus só foi humilde porque estava como homem na terra, deduz-se que depois de sua ressurreição, ao subir ao céu, ele deveria tomar sua posição de divindade e não dá mais nenhum sinal de inferioridade, certo? Ou há marcas de hierarquia (posições) entre Deus, o Pai, e Cristo após a ressurreição? 

Há três momentos na Bíblia que demonstram que Jesus, o Senhor, continuou subordinado e submisso a seu Pai mesmo depois da ressurreição. Primeiro : Diz o texto sagrado que Cristo fora exaltado por seu Pai após a ressurreição (Filipenses 2:9-11). Que ele recebeu todo poder no céu é na terra (Mateus 28:18). Diz também que ele foi feito Senhor (dono de tudo) por seu Pai "...a este Jesus que vocês crucificaram, Deus o fez Senhor e Cristo" (Atos 2:36) Na Bíblia essa exaltação do filho de Deus é expressa pela expressão que diz que o homem a quem Deus exaltou está a sua direita "...por ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade nas alturas" (Hebreus 1:3). Infelizmente, muitos não veem nesses textos sinais de submissão, mas eu pergunto, você acredita que o Pai pode ser exaltado ou receber alguma glorificação de algum ser no Universo? "Deus não é servido por mãos humanas como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais" (Atos 17:25) Tudo que Jesus possui foi recebido de seu Pai e toda prerrogativa divina que ele possa apresentar não é dele mesmo.

Segundo: A função exercida por Jesus hoje no céu demonstra inferioridade. A Bíblia diz que Jesus é o grande sacerdote e sumo sacerdote da casa de Deus, isto é, Cristo é aquele que faz as intervenções necessárias para que nossas orações sejam aceitas diante da Majestade (
I Timóteo 2:5 Hebreus 9:11). O apóstolo João o chama de Advogado. Simbolicamente falando ele faz o papel de Arão e de Moisés que permitia o acesso do povo a Deus no santuário do antigo testamento. Melhor dizendo, sem ele ninguém tem acesso a Deus no santuário celestial! Só que a exemplo de qualquer sacerdote que prestou serviços a Deus, o Salvador presta serviços a seu Pai! Ou seja, a função de sacerdote já coloca o Messias como alguém subordinado e submisso. Se ele tivesse a mesma posição de poder e glória que seu Pai ele jamais poderia ser mediador de Deus! 

Além do mais, essa subordinação está explícita ou implícita em muitas outras passagens o qual muitas vezes é ofuscada pela crença trinitariana. As pessoas leem, leem, olham e olham o texto e não conseguem ver nada. Por exemplo, Paulo diz que o Pai é o cabeça de Cristo (I Coríntios 11:3). Ser cabeça quer dizer exercer governo e autoridade sobre alguém. Outro exemplo, Cristo é o cabeça da igreja, isso quer dizer que é Ele quem Governa a igreja.  

Pena que as pessoas não são sinceras. Se elas buscassem a verdade de fato eles perceberiam isso que estou falando. Mas muitos só querem buscar razões para defender denominação religiosa. Veja, quando você lê o Apocalipse, logo de cara nos diz que o livro é uma revelação de Jesus Cristo, mas que Jesus recebeu essa revelação de seu Pai (Apocalipse 1:1). Por que a revelação não poderia ter vindo de Jesus para Deus? Por que há hierarquia! Analisando o mesmo livro um pouco adiante vemos os querubins, serafins e os vinte quatro anciãos dando glórias ao Pai "Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder porque todas as coisas tu criaste e por tua vontade elas vieram a existir" (Apocalipse 4:11). O Eterno é glorificado como o criador de todas as coisas. 

Um pouco mais adiante, no capítulo seguinte o Filho de Deus é também glorificado "Digno é o cordeiro que foi morto de receber o poder,e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória e louvor" (Apocalipse 5:12). Mas por que os seres viventes não começaram a glorificação primeiro por Jesus, o cordeiro? Por que há hierarquia, a Majestade, o Eterno, o Altíssimo é digno da primazia em tudo! Como é que eles não percebem isso!

A cegueira é tanta que eles negam o testemunho da própria pessoa que eles dizem ser o senhor delas. Cerca de 70 anos após a ressurreição o Mestre, a exemplo do que ele sempre fez quando andou pelas terras empoeiradas da Galileia e da Judeia, ainda seguiu dando exemplos claros que o Pai é maior do que ele. Por isso, tente inferir e entender os subtendidos do seguinte texto: "ao vencedor, eu vou fazer coluna no santuário do meu Deus...gravarei sobre ele o nome do meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, a Nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte de meu Deus..." (Apocalipse 3:12) O Mestre fala tanto no Deus dele que dá entender que ele está querendo dá uma dica para algumas pessoas não é? E continuam cegos! Quando uma pessoa diz que há um outro ser que é Deus dela, ela está se colocando como superior, igual ou inferior com relação a esse Deus? Claro que é inferior! Por exemplo, o Pai tem algum Deus? Claro que não! Ademais, ao Jesus dizer que o Pai é seu Deus ele deixa subtendido que ele presta culto e reverencia o Pai como Divindade. Isso não é demonstrar subordinação e inferioridade? 

Terceiro e último: Jesus vai se sujeitar ao Pai depois da descida da cidade Santa e depois de seu reinado de mil anos. "Todas as coisas estão SUJEITAS debaixo de seus pés, exceto Aquele (o Pai) que lhe subordinou todas as coisas. Porém quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então o próprio FILHO SE SUJEITARÁ AO PAI para que Deus seja tudo em todos" (I Coríntios 15:24-28). Primeiro o texto diz que o Filho precisou de que alguém lhe sujeitasse algumas coisas. O Pai precisa de alguma ajudinha para que alguém lhe sujeite algo? Depois diz que o Pai não pode ser sujeitado a ninguém. E em seguida o verso fala que o próprio Filho vai se sujeitar a Deus, o Pai, para que Deus seja Deus em tudo e em todos. Uma coisa eu digo, a pessoa que ler um texto desse e ainda continuar pregando que Jesus é igual a Deus ou que o Pai e o Filho estão na mesma posição de poder e glória não é uma pessoa sincera. Talvez sincera para com algum movimento religioso e não para com a verdade e nem para com Deus.

Desse modo, fica claro que o comportamento submisso e subordinado de Jesus para com seu Pai enquanto e quando esteve por aqui pregando ainda é e sempre será uma realidade. Jesus jamais quis ou jamais vai querer se comparar com seu Pai, pois sabe muito bem que qualquer tentativa na direção de se igualar ou se comparar literalmente com a divindade se configura em pecado por idolatria. Antes pelo contrário, o maior papel do Messias como mensageiro foi o de ensinar as pessoas a glorificarem e reconciliarem com Deus que no caso também é o Deus do próprio Jesus. E essa clara subordinação e submissão do Salvador também é o ponto principal para a pessoa entender que a doutrina da trindade não passa de uma doutrina de demônios.     





































domingo, 29 de dezembro de 2013

DEUS É UM, MAS ESSE UM NÃO É UM?

Para a maioria da cristandade Deus é um só. O grande problema é que eles dizem que esse um, na verdade não é um de fato, é um, mas também é três. Dizem que o Pai é Deus, que o Filho é Deus e que o Espírito Santo também é Deus. Só que esses três deuses representam um só Deus. Daí vem o nome Trindade, isto é, "tri" de três e "ndade" de unidade ou um, ou seja, três divindades em uma unidade.

Quanto ao tema Espírito Santo não vou discorrer aqui já que há um estudo sobre esse assunto. Irei falar somente sobre a unidade entre Cristo e o Pai.

De fato a Bíblia fala de uma unidade entre o Pai e o Filho "Eu e o Pai somos um" João 10:30. Só que esse sentido é somente no campo figurativo, isto é, uma unidade composta é uma conotação para designar um grupo de pessoas que trabalham com um só objetivo e coração. Desse jeito, para uma empresa funcionar e ter sucesso, todos os funcionários, do executivo aos operários, devem trabalhar como um só homem. Desse modo, o auxiliar de limpeza será um com o chefe e vice-versa. No entanto, essa unidade só se dá por causa da união de pensamento mesmo e não que todos os membros dessa unidade possuem a mesma posição hierarquica dentro da organização, pois cada membro excerce uma função com menor ou maior importância.

O apóstolo Paulo ilustra isso muito bem quando compara a unidade que temos em Deus com um corpo. Sabemos que a unidade entre o Pai e o Filho, após a descida do Espírito Santo,  passou a ser composta também pelos discípulos. "Afim de que sejam um, como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também SEJAM ELES EM NÓS, para que o mundo creia que tu me enviaste" João 17:21. Todos, Deus, Jesus e os discípulos passam a ser uma só unidade. Dentro da figura do corpo o ex-perseguidor esclarece a posição e importância que cada membro tem nessa unidade. "Quero que saibais que Cristo é o cabeça de todo homem, e o homem o cabeça da mulher, e Deus o cabeça de Cristo" ICorintios 11:3. Como igreja somos membros do corpo de Cristo, somos parte dele, só que ele é quem governa, ele é o cabeça. A função de Governador coloca o Filho de Deus em posição muito mais elevada que os discípulos. Dizer que, pelo fato de sermos um com Cristo, merecemos o mesmo louvor e a mesma glória que pertence ao cabeça (Jesus) é extrapolar os límites da falta de respeito e da ordem hierarquica estabelecida por Deus.

Esse princípio pode ser entendido quando observamos a conversa que o senhor Jesus teve com o então Saulo de Tarso quando perseguia a igreja de Deus: "Saulo, Saulo, por que me persegues?" Ele respondeu: Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues" Atos 9:4,5 Saulo estava perseguindo a Jesus? Dentro da verdadeira unidade composta, perseguir a igreja é a mesma coisa que perseguir a Cristo, afinal a igreja no sentido espíritual faz parte de Cristo. No campo figurativo, por ser representantes do Messias no mundo, Pedro e João, que estavam sendo perseguidos por Saulo, eram "Jesus e senhor". Agora o perigo é pegarmos essas passagens, que estão no sentido figurativo, e tentarmos interpretar-las no sentido real e literal. Pedro e João, por exemplo, é um com Cristo e foi chamado de Cristo, então eles são Cristos? Então eles possuem e merecem o mesmo louvor que o Filho de Deus?

É justamente isso que as pessoas precisam aprender, em algumas passagens o Messias é chamado de "deus" (eloah-hebraico) por causa dessa unidade que há entre ele e o Pai, da mesma forma que os apóstolos também foram chamados de "Cristos" por causa da unidade que havia entre eles e seu senhor, mas tudo isso sendo usado como figura de linguagem. Nesse tipo de linguagem até João Batista foi chamado de profeta Elias por causa do "espírito" da mensagem apresentada. Ao pé da letra, nem João Batista era Elias,  nem os discípulos era Cristo e nem Cristo era Deus.

Outra coisa também é que, como vimos acima, embora na relação com a igreja Jesus faz a função de "deus" "é como Deus", uma vez que ele recebeu a autoridade da Majestade para julgar as nações e governar sobre elas, fazendo o papel do próprio Pai, há em uma escala hierarquica alguém que lhe é superior. Alguém que é o seu cabeça. Aquele que está assentado no trono. A própria escritura que diz que o Filho está à direita de Deus já demonstra inferioridade do Messias em relação ao seu Pai. O Deus dos patriarcas ( Abraão, Isaque e Jacó), o Deus de Israel e dos profetas antigos, esse é o Deus que é chamado de "cabeça' de Jesus Cristo, ou seja, é esse Deus que mantem Governo sobre todos os seres. O termo "Deus" quando faz alusão ao criador se refere a essa pessoa,  uma pessoa Única e incomparavél no maior sentido da palavra. 

Sabemos que no céu habita anjos, serafins, querubins e o próprio Jesus que está lá à direita de seu Pai. Veja o que o Salmista fala sobre a posição do Pai com relação aos outros habitantes celestial. "Pois quem nos céus é comparável ao Eterno? Entre os seres celestiais, quem é semelhante ao Eterno? Deus é sobremodo tremendo na assembleia dos santos e temivel sobre todos os que o rodeiam." Salmos 89:6
 
Então fica claro que o objetivo da unidade composta na Bíblia não é dizer que Deus é composto, que Deus é dois ou três, mas dizer que vários membros de uma unidade estão em harmonia com a vontade e Governo de um Deus, Deus está em todos da unidade! Jesus Cristo e todas as outras criaturas estão sujeitas Àquele que é chamado de Majestade e que é chamado de Altíssimo Deus. Todos dependem de seu Governo e poder. Não é à toa que o próprio Jesus não se cansa de dizer que o Pai também é seu Deus. Deus não é trino(Três em um). Deus é uma pessoa, um só ser que se manifesta na pessoa de Jesus. A doutrina que prega uma divindade singular-plural exemplifica como que nosso grande inimigo é astuto. Com essa crença as pessoas acabam pensando que prestam culto a um só Deus quando na verdade são idolatras, pois o primeiro mandamento é claro em dizer que ninguém, nem o próprio Filho, deve ocupar a posição de Deus que pertence exclusivamente ao Pai.







 
 




 

 


 

 

sábado, 28 de dezembro de 2013

TRINDADE: REFUTAÇÕES


1)      “Pois mesmo Jesus subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus” Filipenses 2:6. JESUS DEIXOU SUA DIVINDADE PARA SE TORNAR HOMEM?

 

Refutação: Esse texto não está dizendo que Jesus era Deus e deixou sua divindade para se tornar homem, o texto está dizendo que ele tinha a “forma de Deus” ou “era como Deus”, nesse caso o texto utiliza uma figura de linguagem chamada comparação. Na comparação apontamos semelhanças e não uma igualdade exata daquilo que tomamos como referência. Ser como Deus ou ter semelhanças com a divindade não é a mesma coisa que ser igual à divindade.  É como se eu estivesse dizendo assim: “O príncipe é como o rei ou o príncipe tem a  forma de um rei, mas ainda não é rei”. Um rei não tem forma de rei, assim como um Deus não tem forma de Deus, ele é Deus e pronto.

 

De outra forma, o próprio texto se explica por si só pela palavra “usurpação”, isto é, usurpamos algo quando tomamos algo ou alguma posição que não nos pertence. Assim, ao dizer que Cristo não quis usurpar o ser igual a Deus já dá o sentido do texto, ou seja, alguém muito exaltado, alguém que não é um homem comum, já que tem a forma de Deus, mas que não quis se exaltar acima de sua posição, antes pelo contrário preferiu se humilhar como se fosse um homem comum, ou seja, ele é Príncipe e não rei, mas ao invés de se exaltar como rei preferiu se parecer como plebeu e essa a verdadeira interpretação do texto.

 

E tem mais, no verso nove em diante ainda diz que por causa da obediência do Filho de Deus, ele foi exaltado por Deus ganhando um nome glorioso e uma exaltação que no texto é nos dito que seria para a Glória do Pai. Como já sabemos uma divindade não pode receber exaltação de posição de ninguém, pois sua posição já é a primeira e única do Universo. Na verdade é justamente Deus quem exalta todos os seres e não que ele precise de exaltação nenhuma.

 

 

2)      Eu e o Pai somos um. Novamente, pegaram os judeus em pedras para lhe atirar. Disse-lhes Jesus: Tenho-vos mostrado muitas obras da parte do Pai; por qual delas me apedrejais? Responderam–lhe os judeus: Não por obra boa que te apedrejamos, mas sim por causa da blasfêmia, pois sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo...então, daquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, dizeis: Tu blasfemas; porque declarei: sou FILHO DE DEUS?” João 10:29-36.  SER FILHO DE DEUS É A MESMA COISA QUE SER DEUS?   

 

Refutação: Nesse texto é importante entender a diferença de interpretação dos fariseus e do próprio  Jesus. Por exemplo, todos nós sabemos que para os ortodoxos da época Jesus era um transgressor do sábado ao pegar espigas para comer com os discípulos, no entanto,  em nenhum momento houve nenhuma  transgressão do filho de Deus, a transgressão se dava somente na errônea interpretação dos religiosos da época. A mesma coisa aconteceu nesse texto, ao tentar deixar subtendido no contexto que era Filho de Deus e Cristo os fariseus erroneamente interpretaram como que ele estava se passando por Deus, o que não é verdade. O Salvador deixa bem claro que ele era o Filho de Deus e não Deus. Perceba que para não dá motivos de falsa interpretação ele ainda tenta dizer que todas suas obras eram da parte do Pai e não dele mesmo.   

Outra coisa que muita gente não presta atenção é na resposta que Jesus dá aos judeus quando eles dizem que Jesus estava se passando por Deus. Veja: “Replicou Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu disse sois deuses? Se ele chamou deuses àqueles a quem foi dirigida a palavra de Deus, e a escritura não pode falhar” verso 34-35 de João 10.  Ou seja, o próprio Pai chamou alguns juízes de Israel de deuses (I Samuel 2:25, Salmos 82:1-6  sentido metafórico)  e ali estava o Filho de Deus que eram bem maior que os juízes de Israel e os judeus se escandalizaram quando ele falou que era Filho de Deus. Assim, com essa explicação Jesus tentou dizer algo do tipo: “Se o próprio Deus chamou homens comuns de “reis”, por que vocês estão escandalizados pelo fato de eu, que sou bem mais exaltado que qualquer homem comum,  ter dito que sou príncipe?” Essa explicação de Jesus prova que ele não quis dizer que Filho de Deus era Deus,  antes pelo contrário.

 
3)      “Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor” Deuteronômio 6:4.  A PALAVRA “DEUS” E A PALAVRA “ÚNICO” NESSE TEXTO, NOS ORIGINAIS HEBRAICOS,  ESTÃO NO PLURAL E ISSO COMPRAVA QUE DEUS É UMA UNIDADE COMPOSTA, OU SEJA, QUE DEUS É TRIUNO?

 

Refutação:  As escrituras foram escritos por um povo, israelita, e para um povo, povo israelita.  Quando a Bíblia foi escrita, em um primeiro momento, ela não foi escrita para nós,  gentios. Por isso que para entendermos os diferentes sentidos da palavra temos que recorrer à cultura e ao modo de pensar do povo da Bíblia. Muitos erros de interpretação acontecem porque as pessoas pegam textos que foram escritos cerca de 1500 anos antes de Cristo em um língua muito diferente da nossa e em um lugar muito distinto do que vivemos e tentam explicar esses textos usando como parâmetro nossa língua e a cultura da atualidade.

Os israelitas usam as palavras no plural, muitas vezes, não para indicar quantidade, mas para indicar qualidade de supremo, elevado ou grandioso. Quando um judeu vê um hipopótamo (behemóth em hebraico) mesmo vendo um só animal ele usa o plural hipopótamos. A mesma coisa acontece quando um israelita olha para o céu e ver somente um céu, o céu azul das nuvens ele o chama de “céus” no plural.  Chamamos de plural majestático e não de plural quantitativo.
 
Essa é a ideia em chamar um só Deus de “Deuses” (Elohin) e essa também é ideia em chamar esse Deus de “Senhores” (Adonai), isto é, é um só Deus, uma só pessoa, mas uma pessoa tão exaltada, tão elevada, tão inigualável que merece ter os nomes que o designa no plural.  Dizer que os copistas israelitas colocavam a palavra “Deus” no plural para sugerir um Deus triuno é tão equivocado quanto dizer que a língua portuguesa só usa o pronome “vossa” para se referir a um plural: Vossa maneira de viver sempre me encantou = maneira de viver de mais uma pessoa/Vossa maneira de viver sempre me encantou= maneira de viver de uma só pessoa, do Ministro, por exemplo. Em um contexto o pronome está no plural e faz referencia a mais de uma pessoa e em outro contexto o mesmo pronome faz referencia a uma só pessoa.  Assim, ao pegar textos hebraicos fora do contexto e desconsiderar a cultura e o modo de pensar do povo de Israel, milhares são levados a falsas interpretações, vendo Deus triúno onde só tem um só.
 

4)        “Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo, antes que Abraão existisse, Eu sou. Então pegaram pedras para atirarem nele, mas Jesus se ocultou e saiu do templo” João 8:58,59.  QUANDO JESUS DISSE QUE “EU SOU” ELE ESTAVA SE EQUIPARANDO AO GRANDE EU SOU, ISTO É, AO PAI? 
 

Refutação: Engraçado, todo mundo fala da importância de levarmos em conta os contextos das escrituras, só que na hora de defender a doutrina da minha igreja eu levo em conta somente um verso ou somente uma expressão mesmo.

Em Êxodo três Deus se apresenta como o grande eu sou. Na verdade é o significado de seu nome (YHVH)  que é “ Eu sou o que sou”. Dando a entender que Deus é o que ele quer ser e que não tem como  mente humana definir com exatidão a divindade. Já no contexto de Jesus o tema é sobre a pré-existência de Cristo, ou seja, Jesus tentou usou o verbo “Ser” no caso, não para dizer que ele é o que ele quer ser, mas para dizer que ele, de certa forma, é anterior a Abraão, isto é, ele existia antes de Abraão. É isso que acontece, as pessoas pegam o verbo ser dizendo uma coisa em um texto e ligam com o verbo ser que diz outra coisa em outro texto e tenta com isso provar algo que a Bíblia não diz e assim extrapolam os sentidos da verdadeira teologia.  

 

5)   “Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou” João 1:18.  SE JESUS FOI CHAMADO DE “DEUS” É PORQUE ELE É DEUS?

 

Refutação: Quando lemos a Bíblia temos que tomar muito cuidado com as diferentes linguagens que ela tem, pois ora está em uma linguagem denotativa e real e ora está em linguagem conotativa e figurada. O grande perigo é interpretarmos algo literal como figurativo ou interpretarmos algo figurativo como literal.

 

É a harmonia com o restante das escrituras que nos ajudam a diferenciar aquilo que se fala com aquilo que se quer dizer.  A Bíblia fala que João Batista é o profeta Elias, fala isso,  mas quer dizer outra coisa. A Bíblia também fala que os discípulos que o então Saulo de Tarso estava perseguindo eram “cristos” e isso jamais deve ser interpretado ao pé da letra.

 

A palavra “Deus” tem um sentido real e denotativo quando se refere à Majestade e ao Criador do céu e da terra. Mas também pode ter alguns sentidos conotativos e figurativos para nomear os representantes de Deus que exercem alguma função que pertence à divindade.  Veja como a palavra “Deus” era usada no antigo testamento para nomear os juízes de Israel: “Deus assiste na congregação divina e no meio dos deuses (juízes) estabelece seu julgamento...Eu disse: sois deuses (juízes) sois todos filhos do Altíssimo, todavia como homens morrereis...Salmos 82.  O próprio Deus chama de “deuses” os filhos dos homens pelo fato de eles exercerem alguma função em seu nome. Veja outro texto: “Pecando o homem contra o próximo “Deus” (juiz) lhe será o árbitro, pecando contra o Senhor, quem intercederá por ele...I Samuel 2:25. Os juízes eram chamados de “deus” por serem representantes da divindade. No entanto, o sentido aí é metafórico, não se deve entender esses textos literalmente.  

Esse mesmo princípio foi dito a Moisés: “Então disse o SENHOR a Moisés: Eis que te tenho posto por Deus sobre Faraó, e Arão, teu irmão, será o teu profeta” Êxodo 7:1. Moisés era “deus” sobre Faraó não porque ele era uma divindade, mas porque ele estava agindo “como” a divindade e exercendo funções que pertencem a divindade daí vem a comparação e o sentido metafórico da palavra.

Então, se os juízes de Israel e Moisés foram chamados de “deus” no sentido figurativo e metafórico por possuírem funções privilegiadas e por serem representante da Divindade, por que Jesus, que também recebeu do Pai autoridade superior a deles para julgar e para  governar o mundo vindouro e esse mesmo Jesus que é a expressa revelação da Majestade também não poderia receber esse título?  Claro, “deus” no sentido figurativo apenas, no sentido amplo ninguém pode ser chamado de Deus.

E para ampliar ainda mais esse negócio de sentidos que as palavras possuem, olhe o que a Bíblia diz sobre a palavra pai: “a ninguém na terra vos chameis vosso Pai, porque um só é vosso Pai, aquele que estás nos céus” Mateus 23:9. A palavra Pai pode ser usada com um sentido para se referir àquele que nos gerou, mas não pode ser usada com sentido de criador, isto é, uma só palavra e dois sentidos.

Assim, se dá com a palavra Deus, para se referir ao criador do universo é um sentido único e singular. Nenhum ser no vasto universo pode ter a capacidade de assim ser chamado.  No entanto, pode se referir a Jesus no sentido metafórico para indicar que o Filho de Deus é o grande representante e o grande Governador da Divindade.  Então, chamar ou não Jesus de “deus” vai depender do sentido que queremos dar, porém jamais com sentido de supremo criador ou de Majestade maior, pois esses sentidos são atribuídos exclusivamente ao Pai.

 

 

QUEM É O DEUS FORTE E PAI DA ETERNIDADE DE ISAÍAS?

"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus forte, Pai da Eternidade, Príncipe da paz " Isaías 9:6

Primeira coisa que a pessoa tem que notar quando ler um texto desse é que “Maravilhoso conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade” não é nome, mas significados. Isto é, o nome do Messias teria esses significados.
 
Nos dias do rei Acaz,  após o rei se recusar em fazer um pedido com sinal para Deus, o próprio Deus lhe deu um sinal. Disse que uma virgem conceberia e daria luz a um filho chamado de “Deus conosco” ou “Deus está conosco ” Emanuel. Disse que antes que o menino soubesse desprezar o mal e escolher o bem, a terra seria desamparada pelos dois reis que Acaz temia de medo. Isaías 7:10-16 . Isso quer dizer que nos dias do rei Acaz, do profeta Isaías, também nasceu alguém que foi chamado de “Deus conosco”. Claro que esse acontecimento seria uma figura que se cumpriria no nascimento de Cristo, assim como a morte do cordeiro pascoal na noite em que povo de Israel saiu do Egito, com a proibição da quebra do osso do animal, era uma figura que se cumpriria na morte de Jesus. Alguns acontecimentos e fatos do antigo testamento são figuras que se cumprem no novo testamento.
 
O sentido de virgem concebendo em Isaías vem da tentativa de mostrar que o menino nasceria de uma mulher que ainda não tinha tido relação e nem filho e não que a mulher ficaria grávida virgem.  Ou seja, Deus poderia dizer, por exemplo  “ A jovem Isabel, que é virgem, vai conceber um filho que será chamado Emanuel”. É bom mencionar também que esse nascimento não se deu pelo Espírito Santo como no caso de Maria.
Vale lembrar que “Deus conosco” é o significado de Emanuel. Há outros nomes com significados, chamar alguém de Jaziel é a mesma coisa de chamá-lo de “Deus que vê” que é o significado, chamar alguém de Josué e a mesma coisa de chamá-lo de “Deus é minha salvação” que é o significado. É o contexto que indicará a quem o significado se refere a Deus ou a pessoa que assim é chamado. O nome Davi tem o significado de "aquele que é amado ou querido" o nome Gabriel tem o significa de "homem forte de Deus." Fica evidente aí que esses significados só podem ser para a pessoa que assim é chamada. 

No entanto, o menino que foi chamado de Deus conosco no contexto do rei Acaz e do profeta Isaías, apresentava um significado que louvava a Deus. O significado não era para ele. Não podemos acreditar que o menino era Deus porque ele foi chamado de Deus conosco. De outro modo, quem é chamado de "Deus que vê" (Jaziel) também seria Deus, o que não teria sentido. Ou pior, teríamos que chamar a cidade de Jerusalém de "Jeová", pois o profeta Jeremias disse que essa cidade seria chamada de "Jeová Justiça nossa" Jeremias 33:16.  Já pensou nesse raciocínio, a Cidade foi chamada de Jeová Jutiça nossa  porque ela é Jeová, ou seja, vamos a prestar culto a cidade? Claro que não. Nesse caso o significado do chamado não aponta para a Cidade que leva o nome, mas para Deus. A glória de Deus estaria na Cidade.

Assim, os significados do que nos chamam podem ser para nós ou para Deus na forma de louvor. O significado de "Principe da paz" ou de "Maravilhoso Conselheiro" pode até se referir ao Messias, porém o significado de "Deus forte" ou o significado de "Pai da Eternidade", dentro do contexto do que a escritura fala sobre o Pai e sobre o Filho, só pode se referir ao Pai mesmo. A falta de conhecimento da cultura judaica leva muitos a errar no texto de Isaías ao dizer, por exemplo, que se ele foi chamado de “Deus forte” é porque ele é Deus forte, se assim fora, o homem que é chamado de “Deus que vê” (Jaziel) é o Deus que vê, o menino, que nasceu na época de Isaias, que foi chamado de "Deus conosco" era o Deus conosco, a Cidade de Jerusalém que foi chamada de Jeová, seria Jeová, o que não é verdade.

JESUS É JEOVÁ TAMBÉM?

Algumas passagens do antigo testamento que profetizavam a primeira e a segunda vinda do Messias mencionavam que “Jeová” haveria de vir “preparai o caminho de JEOVÁ e endireitai veredas no ermo ao nosso DeusIsaías 40:3-5Então, virá JEOVÁ, meu Deus, e todos os santos, com eleZacarias 14:5. Estas duas passagens, do profeta Isaías e do profeta Zacarias, respectivamente, apontam para o inicio do ministério do Filho de Deus em que João Batista preparou o caminho de Jeová e aponta para a segunda vinda de Jesus onde é dito que “Jeová” virá com todos os Santos. Vale lembrar que estamos usando o nome de Deus como Jeová aqui por ser a tradução do tetragrama “YHVH” na Bíblia Brasileira e não que acreditamos ser esse o nome verdadeiro do Eterno. A verdade é que esta ideia de mencionar “Jeová” para os eventos que apontam para vinda de Cristo tem levado muitos teólogos a acreditarem que Jesus é Jeová também.

Para não cairmos em erros de interpretação temos que entender como Deus interage com seus Filhos e com suas criaturas. Primeiro, Deus não pode interagir diretamente com os Filhos dos homens. Ninguém suportaria ver Deus face a face como os Serafins o fazem no céu “o único que possui imortalidade, que habita na luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de verI Timóteo 6:16. Essa é a primeira regra chave. Segundo, Deus só vai interagir diretamente com a humanidade com a descida da Cidade Santa em que é dito: “Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com elesApocalipse 21:3.
Então como entender essas passagens que dizem que “Jeová” esteve conosco antes da descida da Cidade Santa? Acontece que Deus é espírito e isso quer dizer que ele não está limitado a lugar ou a tempo. Pode estar sentado em seu trono nas alturas e ao mesmo tempo falar na boca de um profeta, manifestar-se em uma nuvem de Glória como fez com Moisés no tabernáculo, ou seja, para Deus habitar entre os homens e interagir com eles não precisa descer do céu. Veja o exemplo do santuário, Deus disse que Moisés deveria construir um santuário para ele habitar no meio do povo Êxodo 25:8. No entanto, a própria Bíblia diz que Deus não pode habitar em templos terrenos, se Deus não habita em templo terrenos porque está escrito que ele habitaria?  Isso nos leva a entender que é possível Deus interagir na humanidade e com a humanidade por seu Espírito (mente) sem precisar deixar seu lugar de habitação celestial.  
Um espírita, por exemplo, fica diante de um corpo conversando, mas a interação não é com o dono do corpo, é com o espírito (demonio) que está nele. Qualquer pessoa que ver esse diálogo sem entender o contexto vai pensar que a interação é com o médium mesmo.  Abraão, por exemplo, após receber três homens em sua casa e fazer refeições com eles, conversou cara a cara com um deles que se passou por “Jeová”. Como o Jeová que habita na luz inacessível que homem algum jamais viu e nem pode ver poderia entrar na casa de Abraão e ainda comer carne de boi com ele? “Apareceu Jeová a Abraão nos carvalhais de Manre”, “E Abraão ficou na presença de JeováGênesis 18:1,22. A pessoa que entrou na casa de Abraão e comeu do gado e provou da coalhada e do pão foi o anjo na forma humana, agora quem estava nesse anjo é que era Jeová. Em Juízes 6 diz que o anjo do Senhor apareceu a Gideão, em todo o capítulos faz menção do anjo do Senhor, porém no verso 14 em diante é dito que  Jeová mesmo estava falando com Gideão “ Então, se virou Jeová para ele e disse”. Semelhante coisa aconteceu com Jacó que após passar a noite lutando com um anjo exclamou: “Vi Deus face a faceGenesis 32:22-30. Logo, apesar das pessoas estarem diante do anjo do Senhor, e embora pareça, para quem não entende o contexto, que Jeová é o corpo diante do servo de Deus, Jeová é a pessoa que, pelo seu Espírito, usa a boca desses instrumentos, Deus neles.
Um exemplo muito interessante é o da sarça ardente. Em um primeiro momento fala que o anjo de Jeová apareceu em uma sarça ardente. Estevão confirmou que foi o anjo de Jeová que apareceu a Moisés Atos 7:30,35, mas em alguns momentos da interação entre Moisés e o anjo, Deus assume a boca do anjo” Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó” Gênesis 3:6. Era Deus realmente que estava falando com Moisés, era Deus realmente que estava ali, só que Deus usando seu anjo como uma espécie de “médim” digamos, pois o corpo que estava diante de Moisés era do anjo do senhor, mas quem falava não.
Então até aqui vimos que Deus pode interagir com os seres humanos usando seus instrumentos, os anjos, ou seja, Deus não é o corpo que se apresenta diante das pessoas, mas Deus é quem está usando esse corpo. Desse modo, fica fácil entender como que Deus entrou na casa de Abraão, como que Deus brigou com Jacó, como que Deus falou com Moises, isto é, pelo seu Espírito atuando em seus instrumentos.
Outra coisa importante é entender que o Jeová que aparecia no antigo testamento era Deus mesmo, não era Jesus como muitos pensam. As pessoas do antigo testamento não conheciam a Jesus! Elas não o chamam de Jeová por reconhecerem a pessoa de Jesus, pelo contrário, os textos dizem que era o anjo de Jeová, Jesus nunca teve natureza de anjo!

Do mesmo jeito que Deus desceu a terra, indiretamente, usando esses instrumentos, os anjos, Deus fez usando seu Filho amado: Jesus Cristo. O próprio Messias disse que o Pai estava nele. Disse também que o Consolador (Espírito do Pai) esteve diante dos discípulos o tempo todo, isto é, durante o ministério de Jesus, quem estava curando e fazendo milagres, aconselhando as pessoas, perdoando os pecados, era o Pai no Filho “não crês que eu estou no Pai e o Pai em mim? As palavras que vos digo não as digo por mim mesmo, mas o Pai que permanece em mim, faz as obrasJoão 14:10. "...Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação 2 Coríntios 5:19.

Por isso que o profeta Isaías diz que era Jeová quem viria na primeira vinda de Cristo. Por isso que o profeta Zacarias diz também que Jeová voltará quando o Messias retornar. Não se pode confundir, o Filho de Deus é um templo que carrega seu Pai. Diferenciar o vaso do azeite ou o conteúdo do recipiente é a chave para entender esse tema.

Infelizmente a teologia está enferma, não entendem esse principio básico da palavra de Deus. Não conseguem entender as formas que Deus interage com seus servos e consequentemente criam doutrinas absurdas, tremendas aberrações do ponto de vista teológico. Dizer que o Filho de Jeová também é Jeová é LOUCURA TOTAL, GARDENAL NELES!